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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

FUX VOTA PARA AGRADAR A TRUMP

Ministros do STF combinaram nesta semana tratar com desprezo o voto de Luiz Fux, previsivelmente favorável à absolvição de Jair Bolsonaro em alguns crimes. 
A ideia era evitar repercussão da divergência na imprensa. Ficou mais fácil quando o próprio Fux exigiu não ser interrompido, negando apartes previstos no regimento. O resultado, porém, preocupou magistrados. Eles não esperavam que Fux atacasse com tanta contundência os votos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino. O respeito ao pedido de silêncio deu a impressão de que ele calou a Corte com bons argumentos. Diante disso, ministros avaliam rever a decisão inicial de ignorar seu voto. Fux defendeu a anulação total do processo e disse que o STF corre risco de virar tribunal de exceção. Chamou a denúncia da PGR de mera narrativa e apontou falta de defesa plena aos réus. Afirmou também que não há provas contra Bolsonaro.

Dos acusados, condenou apenas Mauro Cid e Braga Netto. O ministro foi exaltado por bolsonaristas. O apresentador Paulo Figueiredo, nos EUA, destacou que Fux não sofrerá sanções. Segundo ele, o voto confirma a decisão americana de punir Alexandre de Moraes. Disse ainda que Fux reconheceu violação de direitos humanos no processo. Para Figueiredo, isso reforça que outros ministros podem ser atingidos pela Lei Magnitsky. A leitura nos EUA é de que o voto isola Moraes e fortalece a narrativa bolsonarista. Nas redes, Figueiredo afirmou que Fux honra a toga. A posição do ministro pode alterar o clima no STF. E gerar novo embate interno sobre como enfrentar sua divergência. 

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