Um vídeo de Maurício da Cruz, 37, brasileiro que vive na China há 13 anos, chamou atenção no Instagram. Na publicação, ele apresenta um aplicativo que permite denunciar infrações de trânsito. Maurício conheceu o recurso nas redes sociais chinesas e afirma que o usa apenas em casos mais graves, como vagas de deficiente ocupadas indevidamente. Em seu perfil “China em 360º”, ele mostrou o funcionamento do sistema, mas uma de suas denúncias foi rejeitada por falta de clareza — exigência comum nos aplicativos municipais. Nessas plataformas, cidadãos enviam fotos ou vídeos de infrações para análise das autoridades, que aplicam punições se confirmadas as transgressões. Em Pequim, o aplicativo da polícia de trânsito permite enviar registros de motoristas na contramão, mudando de faixa em local proibido ou estacionando irregularmente. As multas podem chegar a 200 yuans (R$ 150).
Lançado em 2022, o sistema também aceita denúncias sobre falhas de sinalização, semáforos e iluminação. Em Xangai, o aplicativo exige o envio em até dez dias, com fotos, local, data, hora e descrição detalhada da infração. Em Cantão (Guangzhou), as denúncias devem conter ao menos duas imagens que comprovem a infração ou um vídeo sem cortes mostrando o ato e a placa do veículo. O aplicativo informa se o relato foi aceito e o motivo de eventuais recusas. As autoridades recebem registros de ultrapassagens ilegais, avanço de sinal, desrespeito a pedestres, uso de celular ao volante e circulação em faixas proibidas.

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