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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

WASHINGTON PROCESSA GOVERNO DE TRUMP

O procurador-geral de Washington, Brian Schwalb, anunciou ontem, 4, que processou o governo Trump pela mobilização da Guarda Nacional na capital. A medida segue ação da Califórnia, que também contestou o envio de tropas; na terça (2), um juiz barrou a atuação federal no estado. Schwalb declarou que “soldados armados não devem policiar cidadãos americanos” e que a presença militar em DC viola a Lei de Autonomia de 1973. Segundo ele, 2.300 soldados circulam pelas ruas com armas e veículos blindados sem autorização local. Trump havia anunciado, em 11 de agosto, o envio das tropas alegando que o crime na cidade estava “fora de controle”. Dados recentes, contudo, mostram queda consistente nos índices de violência. O presidente declarou emergência em segurança pública, válida por 30 dias, mas tenta ampliar o prazo, o que exigiria aval do Congresso.

A prefeita Muriel Bowser chamou a ação de “sem precedentes”, já que desde 1973 a cidade não sofria intervenção presidencial direta. Diferente dos estados, onde governadores dividem autoridade sobre a Guarda Nacional, em DC o controle é federal. A ação judicial alega que a medida viola a autonomia da capital e fere o princípio de não empregar militares em tarefas policiais. Esse argumento foi o mesmo usado pela Justiça da Califórnia para barrar Trump. Na terça (2), o presidente afirmou que também enviaria tropas para Chicago, que classificou como “a cidade mais perigosa do mundo”. Um dia antes, protestos ocorreram contra operações federais anti-imigração previstas para a semana. “Não quero dizer quando, mas vai acontecer”, disse Trump sobre Chicago. Já em entrevista na Casa Branca, na quarta (3), anunciou que considera mobilizar soldados para Nova Orleans. “Talvez Louisiana, onde você tem Nova Orleans, que tem um problema com crime. Vamos ajeitar isso em duas semanas”, afirmou.

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