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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

TRUMP MANDA MATAR, POR SIMPLES SUSPEITA

O barco destruído pelos EUA no Caribe havia mudado de rota antes do ataque, após avistar uma aeronave militar. 
Segundo autoridades americanas, os militares dispararam repetidamente até a embarcação afundar. Trump disse ter autorizado a ação, alegando que o barco transportava drogas, sem apresentar provas. Especialistas apontam que a operação rompeu com práticas usuais de interceptação e prisão. Juristas classificaram a ação como execução sumária e ilegal sob a ótica de autodefesa. Trump afirmou que o ataque matou 11 membros da gangue venezuelana Tren de Aragua. A Casa Branca justificou a ação como defesa nacional contra o narcotráfico. O governo alegou que as drogas representam ameaça letal, com 100 mil overdoses anuais nos EUA. Marco Rubio reforçou a ideia de “ameaça imediata” dos suspeitos.

Juristas rejeitaram a tese, dizendo que tráfico não equivale a ataque armado. Apontaram ainda que a mudança de curso do barco anulava a suposta ameaça. Ex-advogados da Marinha questionaram a ausência de base legal para a operação. Trump defendeu que agiu “contra narcoterroristas malignos”. O Pentágono declarou que usará todas as ferramentas militares contra traficantes. Tradicionalmente, a Guarda Costeira intercepta barcos, apreende drogas e prende suspeitos. Trump, porém, sempre defendeu medidas mais duras, como pena de morte a traficantes. Ele chegou a elogiar Duterte pelas execuções extrajudiciais nas Filipinas. No retorno à presidência, ordenou classificar cartéis como terroristas. Em julho, assinou uma diretiva secreta autorizando força militar contra esses grupos. O ataque ao barco pode ter sido a primeira aplicação dessa diretriz. Trump divulgou vídeo editado, omitindo detalhes do recuo e dos ataques repetidos. Autoridades admitem que os critérios de inteligência usados foram incertos. Senadores como Rand Paul e Jack Reed criticaram a falta de provas de que havia drogas. Especialistas alertam que Trump tenta enquadrar tráfico sob leis de guerra, sem aval do Congresso. A mudança de rota do barco antes do ataque reforça, segundo juristas, a ilegalidade da ação. 

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