O pastor Silas Malafaia, organizador do ato pró-Bolsonaro no domingo (7), disse ter ficado “indignado” ao ver uma bandeira norte-americana aberta na avenida Paulista no Dia da Independência. Segundo ele, sua vontade era pedir para retirar a bandeira: “Sou 100% contra”. Malafaia acusou a imprensa de explorar a cena, especialmente a TV Globo, que divulgou a foto em destaque. Ele afirma que a bandeira ficou exposta por poucos minutos, mas foi usada para desmoralizar o ato. Depois, levantou suspeita de armação da esquerda: “Pode ser gente nossa sem noção, ou pode ser a esquerda que plantou isso”. O pastor disse que, em futuros eventos que comandar, não permitirá bandeiras estrangeiras. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) rebateu, afirmando que a imagem gerou estrago político. Segundo ele, havia também bonecos de Donald Trump em outros protestos, mostrando afinidade da direita com os EUA. Lindbergh acusou Malafaia de tentar enganar a opinião pública ao culpar a esquerda. Malafaia respondeu que o PT não tem moral para criticar, pois “anda de vermelho, cor do comunismo”. “Estava todo mundo de verde e amarelo. Por causa de uma bandeira americana? Vá plantar batata esse cara”, disse.
Enquanto isso, o deputado Eduardo Bolsonaro comemorou a presença da bandeira norte-americana. Nas redes sociais, afirmou que ditaduras costumam cair com ajuda externa. Segundo ele, no 7 de Setembro, os brasileiros mostraram gratidão aos EUA e a Donald Trump. Eduardo acusou a mídia de mentir e manipular, dizendo que o povo não precisa mais dela. Defendeu que os norte-americanos ajudam o Brasil na luta pela liberdade e democracia. Em mensagem no X, agradeceu diretamente a Trump: “MUITO OBRIGADO, PRESIDENTE DONALD J. TRUMP”. Malafaia, porém, insistiu que não aceita símbolos estrangeiros em atos que organiza. A polêmica expôs divisões internas no bolsonarismo sobre a imagem da bandeira. Enquanto parte comemorou, Malafaia tenta minimizar os danos políticos do episódio.
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