A Primeira Turma do STF começa a ouvir, nesta segunda feira, 28, os depoimentos de oficiais militares, acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado e no plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes. Trata-se da primeira vez que os réus do núcleo militar pronunciam-se sobre as acusações. Com a realização de mais essa etapa do processo, o final aproxima-se com a decisão final, que deverá acontecer em início de setembro. O grupo investigado é composto por nove militares do Exército e um policial federal, dividido entre os que apoiaram o golpe e os que planejaram o atentado. A PF identificou apenas dois dos seis suspeitos diretamente ligados ao plano: os tenentes-coronéis Rafael de Oliveira e Rodrigo Azevedo. A ação dos militares integrantes da tentativa de golpe, prevista para 15 de dezembro de 2022, foi abortada após o Exército não aderir. Azevedo nega participação e alega estar em Goiânia, enquanto Oliveira será interrogado, mas deve manter silêncio parcial.
O general da reserva Estevam Theophilo, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, é apontado como figura-chave por supostamente apoiar o cumprimento de um decreto golpista, segundo delação de Mauro Cid. Os militares acusados de apoio ao golpe de Estado são de alta patente, sendo o principal o general da reserva Estevam Theophilo. O julgamento ocorre em meio a pressões internacionais, fundamentalmente dos Estados Unidos, que buscam blindar o ex-presidente Jair Bolsonaro. A Procuradoria-geral da República assegura que "o cancelamento da operação coincide com o momento da confirmação de que o Comando do Exército não havia aderido ao Golpe de Estado".
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