segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

MINISTRO BRECA MARACUTAIA NO CONGRESSO

Dino fez ataque certeiro ao Congresso, avaliam líderesO ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu ontem, 21, um artigo incluído em projeto de lei que reduz benefícios fiscais e que previa a revalidação de emendas parlamentares canceladas. A decisão ocorreu antes da sanção presidencial e atende a pedido da Rede Sustentabilidade e de parlamentares do PSOL e da Rede. O dispositivo permitia a retomada de emendas inscritas como restos a pagar entre 2019 e 2023, já canceladas, com prazo de execução até 2026. Segundo Dino, restos a pagar cancelados deixam de existir juridicamente, e sua revalidação equivale à criação de nova despesa sem respaldo orçamentário.

Dados do Tesouro apontam que R$ 2,97 bilhões em emendas foram cancelados em 2024, sendo R$ 2,49 bilhões de emendas de relator. Uma lei de 2025 já havia recuperado parte desses valores, mas com restrições que o novo projeto eliminava. Além disso, o texto permitia unir recursos de várias emendas para viabilizar obras com valores defasados. Dino afirmou que a medida viola o processo orçamentário, a responsabilidade fiscal e a separação dos Poderes. O ministro destacou que parte dos recursos é oriunda da emenda de relator, declarada inconstitucional pelo STF em 2022. Embora Lula tenha prazo até 12 de janeiro para sancionar o projeto, os efeitos desse artigo ficam suspensos. Os demais trechos da proposta seguem válidos e devem gerar impacto de R$ 22 bilhões em 2026. 

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