MANTIDA TAXA DE JUROS: 15%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano, maior nível em quase 20 anos, ignorando o apelo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por corte de juros. A decisão, unânime entre os nove diretores, mantém o tom duro contra a inflação e deixa aberta a possibilidade de alta futura. Segundo o BC, o cenário de incerteza exige cautela e a manutenção prolongada da taxa é suficiente para garantir a convergência da inflação à meta. Com isso, o Brasil segue com o segundo maior juro real do mundo, atrás apenas da Turquia. O BC reduziu ligeiramente a projeção do IPCA de 4,8% para 4,6% neste ano e manteve 3,6% para 2026. Analistas avaliam que o comunicado reforça a postura conservadora da autoridade monetária e que a queda dos juros só deve ocorrer em 2026. Economistas como Sergio Vale e Luis Otávio Leal destacaram que o Copom manteve o tom “hawkish” e o compromisso com o combate à inflação, mesmo diante de sinais de desaceleração da economia. Entidades do setor produtivo criticaram a decisão. A CNI afirmou que os juros altos “travam o Brasil”, e a CBIC alertou que a Selic elevada ameaça investimentos e empregos na construção civil. A Fiemg também lamentou a manutenção da taxa, afirmando que ela restringe o crescimento industrial.
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