sexta-feira, 5 de setembro de 2025

EM SÃO PAULO, ESTUDANTES SEM CELULAR

Sem o smartphone em mãos, escolas pelo Brasil tiveram de se adaptar após a lei federal que restringe o uso de celulares, em vigor desde o início de 2025. A solução veio com atividades criativas e retomada de brincadeiras tradicionais. 
Em São Paulo, colégios instalaram mesas de jogos, renovaram acervos de tabuleiros e organizaram rodízios nas quadras. No colégio Equipe, rodas de conversa, esportes e pesquisas internas mostraram alunos mais concentrados e menos dependentes das redes. No Vital Brasil, o intervalo foi ampliado em dez minutos sem celulares, estimulando a convivência. No Villare, foram criados armários seguros e um espaço controlado para uso do aparelho na entrada e saída. O Miguel de Cervantes apostou em um “retorno ao analógico”, com quadros de avisos, relógios de ponteiro e assembleias estudantis para sugerir jogos. Já o Pioneiro adotou calendário para uso das quadras e investiu em jogos de mesa. No Stocco, campanhas explicaram a proibição, e o barulho dos intervalos voltou. O Albert Sabin incentivou bilhetinhos e campeonatos de aviões de papel, reduzindo a ansiedade pela falta de celular. O Magno precisou de mais supervisores diante do aumento de interações —e também de conflitos, vistos como oportunidades de aprendizado social. 

Educadores apontam melhora no rendimento e maior participação em sala. Houve também valorização dos livros impressos, a pedido dos próprios alunos. Apesar da resistência inicial de estudantes e famílias, a percepção geral é positiva: eles descobriram que podem ficar bem sem o celular na escola, privilegiando o convívio direto. 

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