terça-feira, 26 de agosto de 2025

NOVA AMEAÇA DE TRUMP PARA A CHINA

O presidente Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (25) que a China precisa fornecer ímãs aos EUA ou ele terá de “cobrar uma tarifa de 200% ou algo parecido”. A declaração ocorre em meio à disputa comercial e tecnológica entre os dois países. A China tem mostrado maior sensibilidade em relação às terras raras e ao controle de sua oferta. Em abril, incluiu vários itens do setor, como ímãs, na lista de restrições de exportação, em retaliação ao aumento de tarifas pelos EUA.

Os ímãs mais potentes são feitos de ligas com elementos de terras raras, como neodímio e samário. O disprósio pode ser adicionado para aumentar a estabilidade térmica em aplicações industriais e tecnológicas. A nova ameaça de Trump é mais um capítulo da disputa entre as duas maiores economias do mundo, que se intensificou após o tarifaço do republicano. Recentemente, os países chegaram a acordos para reduzir taxas. Em 11 de agosto, o Ministério do Comércio da China prorrogou a suspensão de tarifas adicionais sobre produtos dos EUA por 90 dias, após Trump estender a trégua tarifária. O governo chinês informou que as tarifas de 10% sobre produtos norte-americanos serão mantidas nesse período. Em 12 de maio, EUA e China haviam acordado em reduzir temporariamente as “tarifas recíprocas” por 90 dias.

Duas semanas depois, Trump acusou a China de descumprir o trato nas redes sociais. Pequim respondeu pedindo o fim das “restrições discriminatórias” e a manutenção do consenso firmado em negociações de alto nível em Genebra. O acordo, que se encerraria em 12 de agosto, foi prorrogado um dia antes, com validade de mais 90 dias. Desde o anúncio do tarifaço, para reduzir o déficit comercial e ampliar poder de barganha, Trump enfrenta críticas até de aliados. O embate com o governo chinês agravou o cenário econômico e político. 

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