terça-feira, 26 de agosto de 2025

CORRUPÇÃO COMPLICA GOVERNO DE MILEI

Derrotas no Congresso e um escândalo de corrupção envolvendo sua irmã Karina expõem a vulnerabilidade do presidente Javier Milei a poucas semanas de eleições importantes. O governo enfrenta denúncias de suborno na compra de medicamentos, que ameaçam o discurso de honestidade que levou Milei ao poder. O presidente reagiu demitindo Diego Spagnuolo, chefe da Andis, após o vazamento de áudios em que ele acusava Karina e Eduardo Lule Menem de comandarem a rede de propinas. Segundo as gravações, empresas farmacêuticas pagariam 8% de propina para contratos com o Estado, dos quais 3% iriam para Karina. O esquema poderia render até US$ 800 mil mensais. As gravações ainda não foram autenticadas, mas nelas Spagnuolo dizia ter mensagens de WhatsApp da irmã do presidente comprovando a prática.

Karina, apelidada de “O Chefe”, é secretária da Presidência e considerada a figura mais influente sobre Milei. O caso soma-se a outros, como o escândalo envolvendo a criptomoeda $Libra, enfraquecendo o discurso de Milei contra a “casta política”. O presidente já vinha acumulando derrotas no Congresso, que derrubou cortes de gastos e anulou decretos presidenciais. A combinação de denúncias e derrotas legislativas pressiona o governo em um momento eleitoral decisivo. Pesquisas indicam que a aprovação de Milei caiu para 41%, oito pontos a menos em cinco semanas, refletindo sua fragilidade política.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário