quinta-feira, 21 de agosto de 2025

ISRAEL QUER ACABAR COM A PALESTINA

Um plano de assentamento, altamente criticado por atravessar terras palestinas, recebeu aprovação final ontem, 20, segundo o ministro das Finanças de Israel e autor do projeto, Bezalel Smotrich.

O plano prevê a construção de mais de 3.400 casas no assentamento de Ma'ale Adumim. Se executado, dividiria a Cisjordânia e isolaria Jerusalém Oriental, minando a criação de um Estado palestino.

Segundo Smotrich, o projeto "apaga o Estado palestino da mesa de negociações". Para ele, a medida responde a países que cogitam reconhecer a Palestina diante da guerra em Gaza.

Apesar das críticas, o plano foi aprovado por comissão do Ministério da Defesa. Israel, porém, pode se isolar ainda mais de aliados ocidentais.

Smotrich reafirmou que luta há 25 anos contra a criação de um Estado palestino. Netanyahu não comentou o anúncio.

O Brasil condenou o plano, chamando-o de “flagrante violação do direito internacional” e pedindo a Israel que se abstenha de anexar territórios ocupados.

A Palestina também criticou a medida, afirmando que ela fragmenta comunidades e destrói a solução de dois Estados.

A Alemanha declarou que assentamentos violam o direito internacional e impedem negociações de paz.

Os planos já haviam sido congelados em 2012 e 2020 após pressão de aliados, mas agora Israel parece mais confiante.

Segundo a ONG Peace Now, obras de infraestrutura podem começar em meses, e casas em cerca de um ano.

Hoje, cerca de 700 mil colonos israelenses vivem entre 2,7 milhões de palestinos, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

A ONU e a maioria das potências defendem a solução de dois Estados, mas apontam que a expansão dos assentamentos inviabiliza a proposta.

Israel rejeita essas críticas, alegando laços históricos e bíblicos com o território, que chama de Judeia e Samaria. 

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