terça-feira, 19 de agosto de 2025

FILHA DE DESEMBARGADOR QUE VENDIA SENTENÇAS

A filha adotiva do desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, foi usada para ocultar propina de R$ 1,8 milhão, referente à venda de sentenças, segundo consta em relatório da Polícia Federal encaminhado às autoridades. A responsável pelo repasse suspeito é Alice Terezinha Artuso, que foi afastada do cargo e teve bens bloqueados, além de quebra de sigilo, medidas determinadas pelo ministro Mauro Campbell, corregedora nacional de Justiça. Também foi afastada de cargo que exercia do Tribunal, a funcionária Maria de Lourdes, mulher do desembargador João Ferreira Filho, que está afastado, desde agosto/2024, de conformidade com processo administrativo. A Polícia Federal informa que Alice era "laranja" do magistrado e recebia R$ 1,8 milhão de uma empresa de agropecuária, vinculada ao advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro/2023, em Cuiabá. 

Consta que Alice pagou 42 boletos a uma empresa imobiliária, no valor total de R$ 875 mil, sem possuir imóveis em seu nome; em janeiro/2023, quitou boleto de R$ 275,3 mil para uma empresa de imóveis em nome do desembargador Ferreira Filho; em novembro/2023, depositou o valor de R$ 23,8 mil em sua conta e repassou o mesmo valor para o magistrado. Há outras motivações praticadas por Alice. A Polícia Federal assegura ter provas de que o magistrado recebeu propinas e usou Alice e Maria de Lourdes para ocultar valores, configurando os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.   

 

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