O Departamento de Justiça dos EUA iniciou ontem, 19, a divulgação dos arquivos do caso Jeffrey Epstein, após pressão da base republicana e disputas políticas entre Donald Trump e democratas. Trump sancionou há um mês a lei que liberou os documentos, cujo prazo de divulgação venceu agora. O material inclui transcrições, registros judiciais e milhares de arquivos publicados em um site oficial. Ainda não está claro quanto do conteúdo é inédito, já que parte dos documentos já era pública, nem se haverá novas revelações sobre vínculos de Epstein com políticos e celebridades. Entre os arquivos há dezenas de milhares de fotos apreendidas, muitas de teor sexual, envolvendo mulheres e meninas. A maioria das imagens foi censurada para preservar identidades. O secretário-adjunto Todd Blanche afirmou que centenas de milhares de documentos seriam divulgados, mas não o conjunto completo. Ao sancionar a lei, Trump acusou democratas de explorarem politicamente o caso e afirmou que a iniciativa se voltaria contra eles.
A legislação determina que o material não pode ser ocultado por constrangimento ou sensibilidade política, mas permite censura temporária se houver risco a investigações em andamento. Diversos nomes da política americana são citados, como Bill Clinton e Larry Summers. Trump voltou a atacar Clinton após a sanção da lei. A relação de Epstein com Trump também gerou questionamentos, embora o presidente negue envolvimento. Depoimentos de Ghislaine Maxwell, ex-companheira de Epstein, indicam que ela negou qualquer envolvimento sexual de Trump com as vítimas e afirmou que ele sempre foi “um cavalheiro”.
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