Análise aponta o declínio da hegemonia dos Estados Unidos no cenário global. O mundo unipolar pós-Guerra Fria mostra sinais de esgotamento. A primeira Guerra Fria terminou com vitória ampla do campo liderado pelos EUA. Sem derrota militar direta do adversário, impôs-se um sistema unipolar. O poder militar americano passou a superar o de todos os demais somados. Conflitos foram militarizados como instrumento de imposição estratégica. Com o tempo, essa vantagem começou a diminuir. Rússia e China reduziram a distância tecnológica e militar em relação aos EUA. A ilusão de superpotência única revelou-se passageira. O surgimento dos BRICS tornou-se o fenômeno central do século XXI. O bloco passou a contrapor o poder norte-americano. A nova Guerra Fria não se limita ao equilíbrio militar.A força militar russa é um dos seus pilares. O poder econômico e tecnológico da China é outro eixo decisivo. Soma-se a capacidade de articulação política do Brasil. A esses fatores une-se um número crescente de países do Sul Global. A correlação de forças internacionais mudou. O movimento ocorre em desfavor dos Estados Unidos. A tendência é de aprofundamento dessa perda de hegemonia. A Europa, principal aliada dos EUA, perde relevância global. O avanço de forças de extrema direita contribui para esse enfraquecimento. Paralelamente, os BRICS ampliam sua influência. O bloco atrai países além de seus membros fundadores. Inclusive antigos aliados dos EUA, como a Arábia Saudita. O século XXI mantém um clima de Guerra Fria. Porém, com novas características e equilíbrio menos favorável aos EUA.
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