CASAL DE ADVOGADOS SUSPEITO DE DESVIO
Um casal de advogados que trabalhavam em um escritório de advocacia, no centro de Porto Alegre, está sendo investigado, suspeito de terem desviado R$ 760 mil do escritório. Eles serviram-se do acesso ao setor financeiro da empresa e promoveram transferência de valores para suas contas pessoais. A Polícia Civil cumpriu ordens judiciais na capital e em Novo Hamburgo, apreendendo documentos, celulares, computadores e um carro. O delegado declarou: "Com o proveito dos desvios, o casal manteve padrão de gastos incompatível com os rendimentos e adquiriu bens diversos, os quais são objeto de medidas judiciais". Eles são suspeitos de prática dos crimes de lavagem de dinheiro e furto qualificado. Não foram divulgados os nomes dos dois.
ADVOGADO É CONDENADO
O recurso do processo contra a cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, foi incluído na pauta e o julgamento deverá acontecer na terça-feira, 4. A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, definiu a data um dia após a megaoperação policial no Rio que deixou mais de cem mortos. A Corte nega relação entre os fatos e afirma que a relatora, ministra Isabel Gallotti, liberou o caso antes de deixar o tribunal. Segundo ministros, o processo estava parado há meses, mas só foi incluído agora. Há possibilidade de pedido de vista, pois o tema é complexo e envolve um governador em exercício. Castro é acusado de abuso de poder político e econômico no uso de recursos da Ceperj e da UERJ em 2022, mas foi absolvido por falta de provas no TRE-RJ.
TRUMP PROÍBE ACESSO DE JORNALISTAS
O governo do presidente Donald Trump proibiu ontem, 31, o acesso de jornalistas a uma parte da sala de imprensa da Casa Branca sem agendamento prévio, alegando necessidade de proteger “informações sensíveis”. Segundo o diretor de comunicações, Steven Cheung, os repórteres credenciados “não têm mais permissão” para visitar o gabinete da secretária de Imprensa, Karoline Leavitt, sem autorização. O Conselho de Segurança Nacional afirmou que a mudança se deve ao fato de a equipe de comunicação lidar rotineiramente com material confidencial. Antes, jornalistas podiam acessar o local, próximo ao Salão Oval, com pouco aviso para falar com assessores. A medida segue restrições semelhantes impostas ao Departamento de Defesa em outubro. Desde o início do segundo mandato, Trump intensificou ataques à imprensa, chamando veículos críticos de “braços do Partido Democrata”. Redes de notícia contestaram as novas diretrizes, dizendo que representam ameaças à liberdade de imprensa. Em entrevista, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e o próprio Trump defenderam as restrições.
DEMISSÃO POR APONTAR ARMA
A 9ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (SP) manteve a demissão por justa causa de um vigilante que apontou sua arma para uma colega. Segundo o processo, ele limpava o revólver quando uma faxineira perguntou se era de verdade. O vigilante respondeu “veja se é de verdade” e apontou a arma para o chão, sem munição, segundo sua versão. Já a empresa afirmou que ele ameaçou atirar nos pés da funcionária, que saiu apavorada. A 2ª Vara do Trabalho de Piracicaba considerou o ato gravíssimo e validou a demissão. O vigilante recorreu, alegando falta de investigação e perdão tácito, pois a dispensa ocorreu quatro dias depois. A relatora, juíza Camila Ceroni Scarabelli, afirmou que o próprio autor admitiu ter apontado a arma na direção da colega. Mesmo descarregada, a conduta foi considerada grave o bastante para justificar a punição. O colegiado reforçou que o vigilante deve agir com cautela e seriedade ao portar arma. O TRT-15 rejeitou também a tese de perdão tácito, entendendo que a empresa agiu com imediatidade e proporcionalidade.
Salvador, 1º de novembro de 2025.







