terça-feira, 16 de setembro de 2025

MINISTRO CRITICA VOTO DE FUX

O ministro Gilmar Mendes, decano do STF, criticou o voto de Luiz Fux no julgamento da trama golpista. 
Segundo ele, condenar apenas Mauro Cid e Braga Netto e absolver os demais é incoerente. Afirmou que, se integrasse a Primeira Turma, condenaria Jair Bolsonaro e outros acusados inequivocamente. As declarações foram dadas em São Paulo, na inauguração da sede do IDP, do qual é sócio. Disse que divergências em julgamentos são normais, mas não devem sustentar projetos de anistia. Gilmar destacou que o julgamento deu exemplo ao mundo sobre punição a ataques à democracia. Fux divergiu dos colegas e defendeu a condenação apenas de Cid e Braga Netto. Barroso e Gilmar compareceram no dia seguinte para reforçar a unidade do Supremo. Para Gilmar, o STF precisa se manter unido diante dos maiores ataques às instituições em 40 anos. Ele criticou falas de Tarcísio de Freitas, que chamou Moraes de tirano em ato bolsonarista. Segundo Gilmar, não há tirania no Supremo, mas sim uma tentativa golpista desmontada.

Advogados de Bolsonaro e Braga Netto reconheceram a gravidade dos atos. Gilmar classificou como “neocolonialismo tecnológico” o uso da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras. Considerou absurda a imposição de sanções externas sem relação com política comercial. Comparou com o caso dos “Epstein Files”, dizendo que não faz sentido em negociações. Para ele, a democracia brasileira sai mais forte com o resultado do julgamento. As sanções, afirmou, não afetam a vida institucional do país. Sobre a anistia, evitou se posicionar e disse confiar nos presidentes da Câmara e do Senado. Reforçou a importância do respeito à institucionalidade. Gilmar concluiu que o Brasil deve seguir aplicando suas próprias leis. 

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