A BBC Verify analisou os conflitos que Donald Trump diz ter encerrado. Em agosto, o presidente afirmou ter acabado com seis guerras — depois elevou o número para sete — e defendeu que merece o Prêmio Nobel da Paz.
No caso de Israel e Irã, houve 12 dias de combates após ataques israelenses. Os EUA bombardearam alvos nucleares iranianos e, em 23 de junho, Trump anunciou um cessar-fogo. Porém, não houve acordo de paz permanente e o Irã declarou “vitória decisiva”.
Entre Índia e Paquistão, após hostilidades na Caxemira, Trump disse ter mediado um cessar-fogo imediato. O Paquistão agradeceu e sugeriu seu nome ao Nobel, mas a Índia afirmou que a trégua foi negociada diretamente entre os dois países.
Em Ruanda e na República Democrática do Congo, um acordo de paz foi assinado em Washington em junho. Mas acusações de violações e avanços do grupo rebelde M23 enfraqueceram o cessar-fogo.
No caso da Tailândia e do Camboja, após breve conflito na fronteira, Trump pressionou os países a aceitar um cessar-fogo, ameaçando sanções comerciais. Em agosto, um acordo reduziu as tensões.
Armênia e Azerbaijão, rivais no enclave de Nagorno-Karabakh, assinaram acordo de paz na Casa Branca. Especialistas consideram que Trump contribuiu, mas o conflito remonta a décadas.
Egito e Etiópia, em disputa pela represa no Nilo, não estavam em guerra. Trump prometeu resolver o impasse, mas nenhum acordo foi fechado.
Já Sérvia e Kosovo, em tensões históricas, não estavam em guerra quando Trump interveio. Ele alegou ter evitado confronto ao ameaçar cortar comércio.
A análise mostra que, em alguns casos, houve cessar-fogos temporários; em outros, negociações frágeis ou disputas que não configuravam guerra. Assim, Trump pode ter contribuído para reduzir tensões, mas não “acabou” com sete guerras.
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