No início de julho, Trump anunciou um aumento de tarifas sobre produtos brasileiros de 10% para 50%, a mais alta aplicada entre os países retaliados, vinculando a medida a motivações políticas, como críticas ao Supremo Tribunal Federal e ao presidente Lula. Krugman questionou a ilegalidade de usar tarifas como ferramenta de influência na política interna de outro país e considerou que a retaliação ao Brasil é um exemplo flagrante de abuso de poder. Apesar do aumento tarifário, o decreto oficial dos EUA, divulgado em 30 de julho, incluiu várias exceções, como as laranjas brasileiras, fundamentais para o mercado de suco nos EUA. Krugman ironizou que Trump “não tem laranjas suficientes para mandar no mundo”, ilustrando os limites reais do poder americano e como as ameaças comerciais de Trump, no caso do Brasil, acabaram revelando mais fraquezas do que força.
sábado, 2 de agosto de 2025
TRUMP: "EXEMPLO MAIS DESCARADO"
O economista e Nobel Paul Krugman voltou a criticar as ameaças tarifárias dos EUA contra o Brasil, destacando o uso político das tarifas pelo então presidente Donald Trump. Krugman classificou o confronto com o Brasil como o exemplo mais “descarado” de ilegalidade na política internacional do governo Trump, apontando também tendências antidemocráticas do republicano. O economista afirmou que a pressão tarifária impulsionou a popularidade de Lula e revelou a superestimação de Trump sobre o poder de barganha dos EUA, já que, recentemente, a Casa Branca retirou cerca de 700 produtos brasileiros da lista de taxados. Krugman argumenta que os EUA não têm um peso tão significativo nas exportações brasileiras, representando apenas 12%, enquanto a China e a União Europeia são mais relevantes. Ele questiona a lógica de tentar forçar um país de 200 milhões de habitantes a ceder politicamente com tal nível de dependência comercial limitado. O economista ainda ironizou que são os consumidores americanos, e não os exportadores, quem pagam pelas tarifas, desmentindo a narrativa de Trump.
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