quarta-feira, 27 de agosto de 2025

NETANYAHU CONDUZ "SUA GUERRA", NÃO DOS ISRAELENSES

Mais de 350 mil israelenses protestaram em Tel Aviv exigindo de Benjamin Netanyahu a libertação imediata dos 50 reféns mantidos pelo Hamas desde 7 de outubro de 2023. O governo também enfrenta críticas internacionais após disparos de tanques contra o hospital Nasser, em Khan Yunis, que deixaram 20 mortos, incluindo cinco jornalistas. Israel alega ter eliminado seis terroristas na ação. Sobrevivente do ataque ao kibbutz Nir Oz, Irit Lahav disse que “parar a guerra e libertar os reféns é a coisa certa a fazer”. Ela criticou a demora do governo em aceitar acordos e pediu acesso humanitário imediato aos sequestrados. Hen Avigdori, que perdeu familiares em Beeri, também foi às ruas: “Entre 75% e 80% dos israelenses apoiam a libertação dos reféns e o fim da guerra”. Para ele, Netanyahu ignora a vontade popular. Gil Dickman, que perdeu dois parentes, afirmou que “os israelenses estão fartos da guerra” e acusou Netanyahu de prolongar o conflito por razões políticas.

As Forças de Defesa de Israel alegam que o ataque ao hospital visava câmeras do Hamas usadas para monitorar soldados. Organizações internacionais denunciaram o episódio como crime de guerra. Anthony Bellanger, da Federação Internacional de Jornalistas, disse que o bombardeio foi tentativa de silenciar a imprensa e cobrou sanções contra Israel. Thibaut Bruttin, dos Repórteres sem Fronteiras, afirmou que o segundo ataque em minutos prova que jornalistas eram o alvo. Manifestantes sustentam que Netanyahu conduz “sua guerra”, não a dos israelenses. Para eles, é urgente libertar os reféns, pois “o Hamas é uma ideia” e não pode ser derrotado apenas militarmente. 



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