Na época, até criticava a mistura de igreja e política, dizendo que “Jesus não tem título de eleitor”. Anos depois, rompeu com o PT e se disse arrependido de não ouvir o pai, que alertava sobre a ideologia petista. A partir daí, aproximou-se de Jair Bolsonaro, com quem dividiu pautas como o combate à homofobia.
Foi Malafaia quem celebrou o casamento de Bolsonaro com Michelle, ex-fiel de sua igreja. Em 2010, estampou outdoors no Rio defendendo “família e preservação da espécie humana” e recusou apoiar Dilma, alegando que ela era pró-aborto.
Em 2018, foi um dos primeiros pastores a apostar na candidatura de Bolsonaro, tornando-se conselheiro próximo no Planalto. Diferente de outros líderes evangélicos, nunca reduziu o tom após as derrotas do ex-presidente.
Agora, Malafaia entrou no alvo da Polícia Federal: teve o celular apreendido e está proibido de deixar o país, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, a quem chama de “ditador da toga”.
Líderes evangélicos calculam os riscos de manter a retórica incendiária, mas Malafaia insiste. Bancou trios elétricos para Bolsonaro, gravou vídeos contra Moraes e repete que não teme ser preso. Nos bastidores, corre a frase de que ele pode afundar com Bolsonaro num “abraço de afogados”.
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