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Israel bombardeia Gaza |
Israel bombardeou áreas da Cidade de Gaza ontem, 25, destruindo prédios e casas. Segundo o Ministério da Saúde local, 61 pessoas morreram em 24 horas. Há ainda vítimas sob escombros e mortes por desnutrição e tiros em centros de distribuição de alimentos. Testemunhas relataram explosões contínuas nos bairros de Zeitoun, Shejaia e Sabra, além da destruição em Jabalia, no norte de Gaza. Israel afirma que busca eliminar túneis do Hamas e expandir o combate. A ofensiva ocorre após a aprovação de um plano para tomar a Cidade de Gaza, que abriga metade dos mais de 2 milhões de habitantes do território. O Hamas já aceitou um cessar-fogo, mas aguarda resposta israelense. Organizações humanitárias, a comunidade internacional e parte da população israelense criticam a medida, temendo pelos reféns sequestrados em 7 de outubro. Até o chefe do Exército alertou Netanyahu sobre o risco aos cativos. O ministro da Defesa, Israel Katz, disse que Gaza será arrasada se o Hamas não aceitar os termos de Israel. A facção acusa Netanyahu de colocar em risco os reféns e afirma que o cessar-fogo é a única forma de libertá-los.
A proposta prevê trégua de 60 dias, troca de reféns vivos e corpos por cerca de 200 prisioneiros palestinos, além de negociações por acordo permanente. Milhares fugiram novamente de Gaza, mas outros decidiram ficar. “Nenhum lugar é seguro”, disse Mohammad, 40. Aya, 31, afirmou não ter recursos para sair: “Estamos com fome, medo e sem dinheiro”. Organismos internacionais confirmam fome na região. Desde o início da guerra, 289 pessoas, incluindo 115 crianças, morreram de desnutrição, segundo Gaza. Israel contesta os números. Em paralelo, um bombardeio israelense em Saná, no Iêmen, deixou dois mortos e 35 feridos. Já a OMS anunciou a libertação de um funcionário detido em Gaza. O enviado dos EUA, Thomas Barrack, esteve em Israel e discutiu ações na Síria e no Líbano, onde negociações tentam conter a escalada do Hezbollah.
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