Acordos comerciais com Japão, Coreia do Sul e União Europeia reduziram tarifas para 15%, mas México e Canadá seguem com tarifas de 27,5%, apesar do tratado USMCA de 2020. Cerca de 8 milhões de veículos vendidos nos EUA vêm do México, Canadá, Europa e Ásia, muitos com pouco ou nenhum conteúdo americano. Montadoras tentam minimizar os impactos com estratégias diversas. A BMW, que monta metade de seus veículos nos EUA, ainda paga tarifas elevadas sobre modelos que não se enquadram no USMCA. A GM será favorecida pelo acordo com a Coreia do Sul e anunciou investimentos de US$ 4 bilhões em fábricas americanas para realocar parte da produção do México. Além das tarifas sobre veículos, o setor enfrenta custos indiretos com tarifas de 50% sobre alumínio, aço e cobre, que, mesmo isentas diretamente para automóveis, foram repassadas pelos fornecedores. Analistas preveem alta de 4% a 8% nos preços dos carros novos até o final do ano, com montadoras elevando preços de forma gradual. Embora algumas empresas tenham ampliado vendas após a saída de concorrentes menores, como a Detroit Axle, os lucros caíram drasticamente. “No fim, quem paga a conta é o consumidor americano”, conclui Mike Musheinesh, CEO da empresa.
domingo, 3 de agosto de 2025
GUERRA COMERCIAL DE TRUMP CAUSA DANOS AOS EUA
A guerra comercial intensificada por Donald Trump está gerando prejuízos bilionários à indústria automobilística dos EUA. As três maiores montadoras —Ford, General Motors (GM) e Stellantis— preveem um impacto combinado de US$ 7 bilhões em 2025, sendo US$ 3,5 bilhões para a GM, US$ 2 bilhões para a Ford e US$ 1,5 bilhão para a Stellantis. Desde abril, tarifas sobre peças chinesas importadas via México subiram para 72,5%, elevando drasticamente os custos de empresas como a Detroit Axle, que viu suas tarifas mensais saltarem de US$ 700 mil para US$ 7 milhões, levando-a a processar o governo. Trump justificou as medidas como incentivo à indústria nacional e impôs tarifa de 25% sobre veículos importados, prometendo uma "era de ouro" para o setor. Contudo, empresas americanas foram mais prejudicadas que concorrentes asiáticos e europeus. A Ford, que produz 80% de seus veículos nos EUA, registrou prejuízo de US$ 800 milhões no segundo trimestre. A Tesla também foi afetada, arcando com US$ 300 milhões em tarifas adicionais.
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