sábado, 9 de agosto de 2025

ALEMANHA CONTÉM BELIGERÂNCIA DE ISRAEL



Com dois meses no cargo, o premiê alemão Friedrich Merz decidiu interromper a venda de armas para Israel. A medida vai além de um posicionamento político: a existência de Israel é considerada “razão de Estado” pela Alemanha. Merz justificou que a ofensiva israelense intensificada em Gaza dificulta alcançar objetivos de paz. Assim, suspendeu qualquer exportação militar que possa ser usada na Faixa de Gaza até novo aviso. Israel recebe cerca de 30% de suas importações militares da Alemanha, incluindo fragatas e equipamentos estratégicos. Netanyahu reagiu com decepção, acusando Berlim de “recompensar o terror do Hamas”. O premiê israelense comparou a situação ao Holocausto, pressionando pelo peso histórico da decisão. A medida gerou críticas internas na coalizão de Merz e em seu partido, a CDU. O líder da ala jovem da legenda disse que Merz abandonou “os princípios do país”. Instituições judaicas também condenaram, alegando que a decisão ameaça a segurança de Israel.

Por outro lado, a oposição e parte da coalizão pedem medidas ainda mais duras contra Netanyahu. Alguns sugerem sanções e boicote comercial, mas o governo rejeita para evitar paralelos com o nazismo. Merz mantém críticas à crise humanitária em Gaza, mas não reconhece o Estado palestino. O chanceler Johann Wadephul já vinha sinalizando apoio a medidas mais duras contra Israel. Pressões internas cresceram com carta pública assinada por mais de 200 artistas. Pesquisa do Instituto Forsa indica que 74% dos alemães apoiam medidas mais rígidas. A postura reflete um movimento europeu cada vez mais crítico a Israel. A vice-presidente da Comissão Europeia, Teresa Ribera, chegou a comparar a situação em Gaza ao genocídio. A decisão de Merz foi motivada pela escalada militar israelense e imagens de destruição em Gaza. O ato terá forte impacto na política interna alemã e nas relações geopolíticas da Europa.



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