segunda-feira, 28 de julho de 2025

PESSOAS QUE DORMEM NO AEROPORTO

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A BBC acompanhou migrantes latino-americanos que dormem no Aeroporto Adolfo Suárez, em Madri-Barajas por não conseguirem pagar aluguel, mesmo trabalhando. Entre eles está Miguel, um venezuelano de 28 anos que vive há sete meses no local, dormindo no chão por não ter dinheiro suficiente para moradia. Ele trabalha como entregador informal e sobrevive com cerca de 145 euros por mês. A partir de 24 de julho, a empresa Aena, responsável pela administração dos aeroportos na Espanha, proibiu a permanência noturna no aeroporto, e a Prefeitura de Madri abriu um abrigo temporário com 150 vagas — porém, com critérios que excluem muitos migrantes, como Miguel, por sua condição de asilado político.

A reportagem também mostra a história de María, venezuelana de 68 anos que vive no aeroporto com o filho autista, após gastar todas as economias em medicamentos. Ela agora tenta retornar à Venezuela com ajuda de uma ONG. O aeroporto virou abrigo para até 400 pessoas por noite, especialmente durante o inverno, oferecendo segurança, banheiros e luz. Segundo dados de organizações sociais, 38% dos que dormem ali trabalham, mas não podem arcar com o alto custo de moradia em Madri. As autoridades se acusam mutuamente, e a resposta institucional tem sido insuficiente. As organizações denunciam a politização do tema e pedem mais ação coordenada. Enquanto isso, pessoas como Miguel continuam dormindo no chão frio do aeroporto, tentando manter a dignidade e esperando por dias melhores.

 

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