A família do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf fechou um acordo de R$ 210 milhões com o Ministério Público e a Prefeitura para ressarcir desvios de verbas entre 1993 e 1998. Maluf, que comandou a cidade também entre 1969 e 1971, é acusado de desviar cerca de US$ 300 milhões na construção do túnel Ayrton Senna e da avenida Água Espraiada. A negociação, iniciada há um ano, envolve filhos, ex-parente, uma offshore uruguaia e um banco brasileiro. Segundo a defesa, o acordo evita a continuidade de processos longos e incertos. A prefeitura, no entanto, afirma que a ação civil contra Maluf, sua esposa e empresas segue em curso. O promotor Silvio Marques informou que os acordos firmados até hoje já somam R$ 819 milhões.
Maluf foi condenado pelo STF em 2017 por lavagem de dinheiro, acusado de ocultar recursos desviados em contas no exterior. A repatriação foi fundamentada na decisão do Supremo. Em 2023, Edson Fachin extinguiu suas penas com base no indulto de Bolsonaro. Apesar disso, seguem vigentes uma ordem de prisão emitida por Nova York e uma condenação na França. Em 2024, a Justiça paulista penhorou 19 imóveis seus por dívida relacionada ao uso indevido de símbolo de campanha como marca da gestão.
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