quinta-feira, 12 de junho de 2025

EX-PRESIDENTE PODERÁ SER PRESA

Os cinco ministros da Suprema Corte da Argentina

A Suprema Corte da Argentina negou ontem, 11, pedido do Ministério Público para imediata prisão da ex-presidente, Cristina Kirchner, alegando possível fuga; ela foi condenada a seis anos de prisão, de forma definitiva, ou seja, não comporta mais recurso, porque transitado em julgado. A Suprema Corte concedeu a Kirchner mais quatro dias para se apresentar às autoridades. Todavia, a presidente por ter mais de 70 anos, poderá cumprir a punição em regime domiciliar; neste sentido, seus advogado ingressaram com pedido, mas ainda sem decisão. Kirchner queixa-se de perseguição política. Em discurso, ela declarou que a sentença já estava escrita e chamou os juízes de "fantoches". Declarou Kirchner: "Esta Argentina em que vivemos hoje nunca deixa de nos surpreender. Não se confundam. (Os juízes) são três fantoches que respondem a líderes naturais muito acima deles".  

A ex-presidente criticou também o governo de Javier Milei, afirmando que ele está promovendo "um desmonte em setores como economia e educação". Disse Kirchner: "Podem me prender, mas as pessoas continuam recebendo salários miseráveis ou perdendo o emprego, as aposentadorias vão continuar insuficientes e não vão chegar ao fim do mês, e os remédios estão cada vez mais caros". A ex-presidente tinha anunciado sua pretensão de disputar as eleições legislativas de setembro próximo, mas não mais pode inscrever para disputar qualquer cargo político. A condenação de Kirchner refere-se ao favorecimento de um empresário que, no seu governo, venceu 51 licitações para obras públicas, muitas das obras superfaturas e sem conclusão. A acusação diz que, após vencer as licitações, o empresário Báez repassava os recursos públicos das obras para Cristina e para seu marido, Nestor Kirchner, quando estava vivo. Nos doze anos de governo dos Kirchner, os danos para os cofres públicos chegam a US$ 1 bilhão.  


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