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Juíza é presa |
A juíza Lilian Moreno, responsável pela anulação da ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, na quarta-feira, 30, foi presa ontem, 5, pela polícia da Bolívia. O ex-presidente é acusado de estuprar e traficar uma adolescente e a decisão da magistrada foi suspensa por outro tribunal, segundo anunciou o Ministério Público. A prisão da juíza aconteceu em Sana Cruz de la Sierra, onde ela trabalha; a juíza rejeitou as acusações contra Morales, congelamento de seus bens e proibição de deixar o país. O Procurador-geral da Bolívia, em entrevista coletiva, declarou: "Com uma resolução fundamentada, os policiais cumpriram" a ordem de prisão contra a juíza Lilian Moreno. O Ministério da Justiça denunciou a juíza no domingo, 4, pelos crimes de desobediência a resoluções constitucionais e prevaricação.
A acusação contra Morales consiste na relação que ele teve com uma garota de 15 anos, em 2015, com quem teve uma filha. O ex-presidente é acusado de receber a filha dos pais e conceder-lhes benefícios. Morales está refugiado em Chapare, redução de produção de coca e vive cercado por apoiadores, dificultando cumprimento de prisão determinado pelo tribunal. Evo Morales governou o país entre 2006 e 2019, renunciou no quarto mandato, depois de denúncias de fraude; em exílio foi para o México. Jeanine Áñez sucedeu a Morales e acabou presa e condenada a dois anos de prisão, por envolvimento em golpe de Estado. Evo Morales foi declarado inelegível pela Justiça.
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