Dario Antonio Raffaele D´Ottavio, 88 anos, italiano, morreu há meses, mas os filhos mantiveram o corpo já em decomposição em um quarto, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. O motivo é que os filhos passaram a receber os dois benefícios do INSS do falecido pai, no valor de R$ 5 mil, sendo R$ 3.500,00 referentes à aposentadoria e o resto equivalente a um salário mínimo, à pensão por morte. A pensão começou a ser recebida em 2014, acumulando os valores, porque antes da reforma da Previdência de 2019. O benefícios continuavam ativos e o delegado Felipe Santoro, da 37ª DP, investiga quem sacava os valores, se Tania Conceição Machese D´Ottavio ou Marcelo Marchese D´Ottavio, que se encontram presos. O delegado declarou que "na próxima semana teremos laudos que irão precisar a data em que o senhor Dario morreu e, em seguida, a causa da morte. Não é um processo fácil, já que o corpo foi encontrado em processo de esqueletização, que seria uma quarta fase do processo de decomposição do corpo".
A Policia investiga se os irmãos sofrem de algum transtorno psiquiátrico e não se afasta a possibilidade de os filhos terem assassinado o pai. Até o momento os dois respondem pelos crime de ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal. A Polícia só descobriu a ocorrência, porque vizinhos sentiram a falta do idoso, acostumado a jogar cartas em um parque nas proximidades. O quarto, onde o cadáver foi mantido, situa-se no quarto andar da residência e um pano foi colocado no vão da porta para evitar o cheiro. Os policiais encontraram bens novos e resta saber se foram adquiridos com recursos do pai, após a morte.
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