As crianças nessa situação são da América Central e muitas da América Latina e de outros continentes e o pior é que não entendem inglês. O advogado Jonathan D. Ryan declarou à BBC News: "É como retirar deles o paraquedas antes de lançá-los do avião". Os advogados que se aventuram a, gratuitamente, defender essas crianças sabem que correm perigo, porque o governo Trump poderá persegui-los. A obrigação de o estado oferecer defesa gratuita, nos Estados Unidos, só é válida para processos penais, e não alcança os casos migratórios, de competência da justiça civil. A Lei de Proteção a Crianças Estrangeiras não Acompanhada, de 2005, impede a expulsão de menores de idade para suas nações de origem, além de exigir assessoria e representação legal"; outra Lei de Reautorização da Prevenção e Proteção das Vítimas do Tráfico de Pessoas, de 2008, determina acesso à representação legal no país. A representação legal dos menores era exercida pelo Centro Acacia para a Justiça, mas, em fevereiro, o governo Trump suspendeu o contrato, constando o motivo: "por conveniência do governo". Em abril, a juíza Araceli Martínez-Olguín, de São Francisco determinou que Trump restabelecesse a assistência de forma temporária. Relatos da agência de noticiais Reuters afirmam que Trump "pretende rastrear as crianças imigrantes não acompanhadas", buscando deportá-las. O governo Biden ampliou acesso aos serviços jurídicos para menores não acompanhados. Os relatos sobre a vida dessas crianças no governo atual é simplesmente inacreditável, tamanha a perseguição e desumanidade.
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domingo, 13 de abril de 2025
CRIANÇAS NOS TRIBUNAIS SEM ADVOGADOS
TRUMP REDUZ VERBAS PARA UNIVERSIDADES
Conservadores e os social-democratas da Alemanha fazem planos para atrair até mil pesquisadores. Com isso, muitas universidades estão sendo obrigadas a demitir, suspender contratações e param de preencher vagas, interrompendo estudos. Cientistas seniores dos Institutos Nacionais de Saúde temem pela suspensão de pesquisas sobre obesidade, doenças cardíacas e câncer. A Reuters, depois de conversas com 13 universidades e institutos de pesquisa europeus, constatou que grande número de funcionários estão deixando os Estados Unidos e rumando para a Europa. Gray McDowell, da Capgemini Invent, empresa de consultoria digital dos Estados Unidos, declarou: "A incerteza regulatória, os cortes de financiamento, as restrições à imigração e a diminuição da colaboração internacional criam uma tempestade perfeita para a fuga de cérebros".
BRASIL PODE RECEBER CARROS DO MÉXICO
O México é o grande exportador de carros para os Estados Unidos, no percentual de 76% e com a paralisação das exportações é quase certo que esses 3 milhões de veículos serão levados para o mercado latino-americano, principalmente para o Brasil, facilitado pelo acordo entre os dois países do livre comércio. Esse cenário, consistente na concorrência da indústria nacional com o México, vai perturbar os fabricantes do Brasil.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 13/4/2025
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
Bolsonaro chega a Brasília e pode passar por cirurgia no domingo (13/4)
O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou ao DFStar e entrou andando na unidade hospitalar por volta das 22h. Ele foi recebido por uma equipe médica e fez vários exames que vão apontar se há ou não necessidade de nova cirurgia
O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ
Litígio entre EUA e China mudará comércio, finanças e política mundiais
FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP
Déficit na Previdência desafia estados e municípios, e PEC federal volta à mesa para endurecer regras
Congresso desvinculou os governos regionais da União, e resultado foram
regras mais brandas ou ausência de reforma
A TARDE - SALVADOR/BA
Valor do salário mínimo no Brasil pode ter aumento e chegar a R$ 1.627
Orçamento deve constar da apresentação do projeto de diretrizes orçamentarias do ano que vem
CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/BA
Moro reage a Gilmar e diz que decano do STF
tem de explicar relações com CBF
Decano do STF criticou Moro em comparação à Moraes
DIÁRIO DE NOTÍCIAIS - LISBOA/PT
Ministério Público arquiva processo das contas bancárias de Montenegro. "Não se registou qualquer falha"
sábado, 12 de abril de 2025
RADAR JUDICIAL
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Em Jerusalém |
O advogado José Geraldo Lucas Júnior, 32 anos, foi condenado à pena de 15 anos e dois meses de prisão, em júri terminado ontem, 11, à tarde, em Salvador. Ele foi acusado de matar o barbeiro Lucas Souza de Araújo, em janeiro/2021, em briga em um bar no Imbuí, em Salvador. José Geraldo, após tentativa de agressão, sacou sua arma e atirou em Lucas, que não estava armado, morrendo no local. Os advogados de acusação celebraram pela missão cumprida, com a condenação do criminoso.
MENDONÇA ABSOLVE BADERNEIROS
O ministro André Mendonça, do STF, votou, na quinta-feira, 10, pela absolvição de todos os baderneiros, envolvidos nos atos antidemocráticos com invasão dos prédios dos Poderes da República. Foram 17 réus que, se fosse julgamento somente do ministro indicado por Bolsonaro e que parece querer compensar a escolha de ser ministro, com votação a favor das pretensões do ex-presidente. O fundamento encontrado pelo ministro de Bolsonaro foi de que o "nível de evidência probatória exigida para a condenação difere daquele, menos, para o simples recebimento da denúncia. E, nos casos dos autos ora em julgamento, não foi atingido". O julgamento virtual encera-se hoje e a pena proposta pelo ministro Alexandre de Moraes, foi de um ano de reclusão, prestação de serviços comunitários, realização de curso sobre estado e democracia e proibição de uso de redes sociais, além de multa e suspensão do passaporte.
EX-COMANDANTE DOS BOMBEIROS APOSENTA COM R$ 71 MIL
O ex-comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Adson Marchesini, depois de exonerado, proferiu discurso, voltado para queixas ao governador que lhe dispensou do cargo. Na sexta-feira, o militar foi para a reserva e vai continuar recebendo remuneração de R$ 71 mil.
CURSOS DE MEDICINA
O Ministério da Educação, em 2023, avaliou 309 cursos de medicina e apenas seis conquistaram a nota máxima de 5, no Conceito Preliminar de Curso, um dos principais indicadores de qualidade do ensino superior no país. O Instituo Nacional de Estado e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira foram os órgãos responsáveis pela avaliação. O desempenho de excelência é atribuído, na maioria, a instituições privadas sem fins lucrativos, destacando faculdades tradicionais de São Paulo. As mensalidades dessas faculdades giram em torno de R$ 11,2 mil. Aparece na lista apenas uma universidade pública estadual; trata-se da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
NOTEBOOK PARA CONSERTO: CONDENAÇÃO
Foi mantida condenação de um homem que recebeu um notebook para conserto e substituiu peças originais por outras, sem autorização. A sentença condenou o homem na pena de um ano de reclusão, convertida em restrição de direitos e multa. A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal manteve a sentença. O dono do notebook buscou assistência técnica para reparar dobradiças, mas verificou que o computador foi devolvido com configuração interna alterada e desempenho inferior. O acusado devolveu o valor cobrado, mas somente depois de questionado sobre as alterações na máquina. Os julgadores entenderam que "a devolução do valor pago pelos serviço, após contestação da vítima, não afasta a tipicidade do crime de estelionato, pois a reparação do dano não descaracteriza a fraude praticada".
FURTO DE PEITO DE FRANGO NÃO É CRIME
A 6ª Turma do STJ reverteu condenação de um homem pelo furto de três peças de peito de frango, avaliadas em R$ 24,00, sob entendimento de que não é suficiente para configurar crime. Foi invocado o princípio da insignificância para afastar a tipicidade do ato. Na primeira instância e no tribunal mineiro o homem foi condenado, mas recurso da Defensoria Pública de Minas Gerais levou o caso para julgamento na Corte superiora. O homem era primário e de bons antecedentes. O relator, ministro Otávio de Almeida Toledo, escreveu no voto: "O valor irrisório de R$ 24 não configura violação relevante ao patrimônio, nem justifica intervenção penal. É um típico caso de irrelevância material".
Salvador, 12 de abril de 2025.
TRUMP ENVOLVE-SE ATÉ COM EXPULSÃO DE ESTUDANTES
Khalil foi preso e transferido para prisão federal para migrantes na Louisiana, dificultando acesso dos seus advogados. A baixeza do presidente Donald Trump é tamanha que foi o primeiro a confirmar a prisão de Khalil, em sua residência universitária; o presidente usou sua rede para informar sobre a prisão do estudante. Escreveu Trump na sua rede Truth Social: "Esta é a primeira prisão de muitas que virão. Sabemos que há mais estudante na Columbia e em outras universidades pelo país que envolveram em atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas, e a Administração Trump não tolerará isso. Muitos não são estudantes, são agitadores pagos. Encontraremos esses simpatizantes terroristas do nosso país - para nunca mais retornarem". Khalil começou a ser acusado de má conduta, poucas semanas antes de sua formatura. Ele alega que as acusações contra sua pessoa são postagens de mídia social e que nada deve.
CRIME HUMANITÁRIO: ISRAEL
Desde outubro/2023, os carniceiros comemoram a morte de 50 mil palestinos, visando vingança contra um grupo de terroristas que mataram 1.200 israelenses. As Nações Unidas informam que dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza "sobrevivem com cerca de 3 a 5 litros de água por dia para consumo, higiene pessoal e preparação de alimentos", quando se sabe que o mínimo recomendado, em situações de emergência é de 15 litros. Enquanto isso, os israelenses continuam ordenando novas retiradas de civis do norte do território, afirmando que realizarão operações contra "infraestrutura terrorista". Tudo isso acontece, e o chefe maior dos carniceiros, Donald Trump continua emprestando todo apoio para esse crime praticado por homens bem armados contra um povo desarmado.
SAIU NA FOLHA DE SÃO PAULO
Assim como na OAB, médicos deveriam fazer exame de proficiência? NÃO
Prova pontual é ineficaz; não há evidências de que a qualidade das faculdades de direito melhorou após o exame da Ordem
Doutor em epidemiologia, é professor associado da Universidade Federal do Rio Grande e da Universidade Católica de Pelotas; diretor-presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem)
Embora a Associação Brasileira de Educação Médica (Abem) concorde com a preocupação da sociedade quanto à ampliação de vagas e número de escolas médicas no Brasil, consideramos que um exame de proficiência não é capaz de contribuir para a redução da quantidade ou para a melhoria da qualidade dos médicos formados.
Não há evidência científica de que a qualidade das faculdades de direito tenha melhorado após a implementação do exame da OAB(aprovação nunca passou de 20%), ao passo que a quantidade de cursos de direito passou de cerca de 250 para mais de 1.500.

Diferentemente do que ocorre no direito, com possibilidade de exercício profissional para além da advocacia, na medicina um médico reprovado num exame de proficiência não terá qualquer possibilidade de atuação profissional na área. Isso amplia a possibilidade do exercício ilegal da profissão e, portanto, em vez de proteger a sociedade, tende a colocá-la ainda em maior risco.
Apesar da grande expansão de escolas e vagas de medicina, ainda existe carência de médicos nos serviços públicos, fato observado por quem utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS) cotidianamente. A situação dos planos de saúde não é distinta. Em muitas cidades brasileiras há longa espera por consultas e superlotação de emergências credenciadas aos planos de saúde. Um exame de proficiência reduzirá a quantidade de médicos disponíveis para atuar no cuidado às pessoas com piora desse quadro, tanto no SUS quanto na rede privada. O risco de colapso do sistema de saúde é real.
Não se trata de optar pelo número de médicos em detrimento da qualidade do cuidado às pessoas. Provas teóricas pontuais não têm capacidade de distinguir entre o bom e o mau profissional. Boa parte das questões em provas desse tipo, hoje, podem ser respondidas pela inteligência artificial. Não avaliam empatia, capacidade de comunicação, relacionamento com os pacientes ou outras habilidades práticas para o desempenho profissional —estas sim capazes de inferir a competência do médico para cuidar de pessoas.
Uma das causas para a expansão desenfreada de cursos de medicina é a perspectiva de grandes lucros do setor. Uma prova realizada após emissão do diploma penaliza apenas o recém-formado e amplia a possibilidade de ganhos financeiros com a oferta de cursos preparatórios para "passar na prova", agravando o problema em vez de resolvê-lo.
Esses cursos são caros e inacessíveis aos egressos do curso médico oriundos de famílias de baixo poder aquisitivo, tornando o exercício da medicina ainda mais elitizado e distante dos sonhos de muitos brasileiros.
Para muitos estudantes que se endividam para pagar cursos de medicina e passam vários anos trabalhando para saldar suas dívidas com bancos e financeiras, a não autorização do exercício profissional em consequência do desempenho em uma única prova coloca-os numa situação de inadimplência. Além dos impactos emocionais e do aprofundamento de sua vulnerabilidade social, essa situação pode gerar consequências para o sistema bancário, com redução da oferta de novos financiamentos.
A Abem, que há mais de 60 anos reúne escolas médicas, professores e estudantes na busca pela qualidade da formação médica, defende que a solução para assegurar o adequado cuidado prestado à população é dever do Estado e passa por uma estratégia de avaliação ampla, criteriosa e com consequências para cursos novos e antigos, associada a avaliações do estudante ao longo de toda a graduação, de modo que a emissão de diploma só se efetive após sua aprovação, gerando corresponsabilidade da escola e inibindo a expansão desenfreada de cursos ruins.
TRUMP DESAFIA A JUSTIÇA
A juíza afirmou: "Isso significa que eles (governo) não fizeram nada. Apesar da clara diretriz, não fizeram nada para facilitar o retorno do senhor Garcia". A petição que encaminharam à magistrada asseguram que ela "não lhes deu tempo suficiente para definir o planejamento em relação ao imigrante. O tom foi considerado agressivo". Dizem mais na petição: "As relações exteriores não podem operar com base em cronogramas judiciais, em parte porque envolvem considerações sensíveis e específicas de cada país, totalmente inadequadas para revisões judiciais". Dizem mais: "é irracional e impraticável informar quais serão próximos passos antes que eles sejam devidamente acordados e analisados". Em El Salvador, o presidente aliado de Trump, Nayib Bukele, mandou algemar os migrantes e enviá-los para um presídio de segurança máxima, considerando-os criminosos perigosos. A Casa Branca, mesmo reconhecendo o erro por ter enviado Garcia para El Salvador, passou a afirmar que o deportado é "integrante da facção criminosa MS-13". O desaforo de Trump é tamanho que alega não ser matéria de competência da Justiça. O governo de Trump falsificou dados para informar que mais de 6 mil migrantes foram incluídos em base de dados da Previdência Social como pessoas mortas.