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sábado, 6 de janeiro de 2018

FIRE AND FURY: “TRUMP NADA LÊ”!

A narração abaixo é constituída de excertos do livro “Fire And Fury”, (Fogo e Fúria) do jornalista Michael Walsh, baseado em entrevista concedida pelo autor ao programa “Today” da NBC, e de publicações do jornal The Guardian e da revista New York Magazine.

O livro de Michael Walsh foi uma das obras mais aguardadas do ano, comparadas com a de Harry Potter; o autor retrata a improvisação adotada pelo governo Donald Trump, na Casa Branca, depois de acompanhá-lo e a seus principais assessores durante seis meses. Trump é tido como uma pessoa volátil, despreparada e até “louco”. Steve Bannon, um dos assessores mais próximos do presidente, autorizou Michael Wolf, autor do livro, a entrar e fazer as entrevistas na Casa Branca; explica que sua obra foi fruto de “gravações”, “apontamentos”. “Estou absolutamente confortável com tudo que escrevi neste livro”. 

Wash mostra-se aborrecido com as declarações do presidente de que o livro é “cheio de mentiras, falsas representações e fontes que não existem. Chequem o passado dele”. O autor declara à reportagem do “Today” que nunca houve desmentido nas crônicas e livros que escreveu. Desafia o presidente: “A minha credibilidade está a ser questionada por um homem que tem menos credibilidade do que qualquer outra pessoa que alguma vez pisou no planeta Terra”. 

Trump é desinformado, nada lê e sua “inteligência” é questionada; segue sua intuição para tomar as mais sérias decisões do governo, diz Walsh. Narra que numa reunião, em julho/2017, no Pentágono, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, saiu furioso da sala, após ouvir Donald Trump, e desabafou com seus auxiliares mais próximos: “É um idiota”. Katia Walsh, ex-chefe de gabinete de Trump, por sua vez, afirma que lidar com Trump é “como tentar descobrir o que uma criança quer”, em virtude de sua insegurança nas decisões. 

A família do presidente ganha comentários, tal como a convivência entre Trump e sua esposa Melania: eles não viviam bem, desde antes de Trump chegar à presidência; “passavam pouco tempo juntos”, sendo comum dias inteiros sem se ver. Sobre a filha, Ivanka e seu marido, Jared Kushner, diz Trump: eles “nunca deviam ter vindo para Washington”. Ivanka Trump alimenta a esperança de ser a primeira mulher a dirigir os Estados Unidos. A intenção de Trump era nomear seu genro, Jared Kushner, para o cargo de chefe de gabinete, mas a republicana Ann Coulter comunicou-lhe que não poderia “nomear filhos”. Sobre o filho, Donald Trump Júnior, diz Baron ser um “traidor e foi o responsável por levar os russos ao escritório e promovido uma reunião, na Trump Tower, em Nova Yorque, com a advogada russa Natalia Veselnitskaya, em junho de 2016.

Wolff assegura que Bannon não tinha os filhos de Trump em grande conta; ele classifica a filha, Ivanka Trump como “burra que nem um tijolo”; sobre o filho, Don Jr, apelidou suas ações de dignas de “traição” e os procuradores das ligações com a Rússia iriam “abri-lo como a um ovo na TV”. 

Steve Bannon declarou a Wolff que o presidente tem ligação maior do que se imagina com o Kremlin. Bannon recorda uma conversa com Roger Ailes que lhe disse: “foi à Rússia e achava que ia conhecer (Vladimir) Putin, mas Putin não queria saber dele. Por isso ele continuou a tentar”. Bannon diz que Trump sabia da reunião e seu filho, Donald Trump Jr com representantes russos, na certeza de que teria os podres de Hillary Clinton, para usar na campanha. 

Logo que chegou à Casa Branca, Trump avisou que nenhum funcionário poderia tocar em suas coisas, especialmente sua escova de dentes. Mesmo contrariando as ordens dos Serviços Secretos, Trump colocou um cadeado na porta do seu quarto; reclamou os empregados que apanhavam as camisas que deixava no chão; dizia: “se está no chão é porque a quero no chão”. O jantar de Trump, nos primeiros dias de presidência, era a sós ou na companhia de Bannon. 

Guarajuba/Camaçari, 6 de dezembro de 2018.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

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